O drama da família de Juliana Marins, jovem brasileira que morreu após despencar durante uma trilha no Monte Rinjani, na Indonésia, ganhou um novo e revoltante capítulo. O laudo da nova autópsia realizada no Instituto Médico Legal do Rio de Janeiro vazou para a imprensa antes mesmo da família ser informada oficialmente, e o caso já está nas mãos da Polícia Federal.
Responsável por solicitar a nova necrópsia no Brasil, a família foi surpreendida com a divulgação dos resultados na noite da última terça-feira (8), contrariando o que deveria ser um processo sigiloso, conduzido pela Polícia Civil do Rio. A irmã da vítima, Marina Marins, desabafou: “Fiquei sabendo pela imprensa. Até agora, não recebi absolutamente nada”. O documento, segundo ela, só seria compartilhado com a família na sexta-feira (11), em uma coletiva com a Defensoria Pública da União e um perito contratado.
A Polícia Civil, que deveria garantir o sigilo do laudo, ainda não se pronunciou sobre a exposição indevida do material. O conteúdo revelado confirma o que já havia sido levantado pelas autoridades indonésias: Juliana sofreu múltiplos traumas após uma queda de grande altura. O impacto foi tão violento que comprometeu praticamente todos os órgãos vitais.
O mistério, no entanto, continua: os peritos não conseguiram determinar o horário exato da morte, tampouco quantas vezes Juliana pode ter caído, já que o corpo chegou ao Brasil embalsamado. Ainda assim, a análise indica que os ferimentos foram causados por um único impacto devastador.