Foi sob o comando de Thiago Lacerda e Claudia Ohana que o Bonito CineSur – Festival de Cinema Sul-Americano de Bonito chegou ao fim na noite de sábado (2), no Auditório Kadiwéu, em Bonito (MS). A dupla de atores conduziu a cerimônia de encerramento celebrando o cinema do continente, relembrando momentos marcantes do evento e homenageando a atriz paraguaia Ana Brun, escolhida como figura central desta terceira edição.
“Um Festival de cinema que reúne um continente inteiro numa única tela traz para o real, traz para o concreto, aqui em Bonito, a transformação da utopia em realidade”, declarou Thiago, diante de uma plateia formada por artistas, realizadores, autoridades e o público que prestigiou os nove dias de programação gratuita.
Ao lado de Claudia, ele anunciou os vencedores das cinco mostras competitivas e entregou os troféus e prêmios que somaram R$ 57,5 mil. Mais de 60 filmes de 10 países da América do Sul participaram da edição, transformando Bonito em ponto de encontro do audiovisual sul-americano com exibições, debates, oficinas e rodas de conversa.
Veja quem levou os prêmios
Júri Oficial Sul-Americano
- Melhor Longa: Oro Amargo, de Juan Olea (Chile/Uruguai/Alemanha)
- Melhor Curta: Amor en los tiempos de cualquier que sea el nombre presente, de Valentina Qaszulxkef (Colômbia)
Júri Cinema Ambiental
- Melhor Longa: Rua do Pescador nº 6, de Bárbara Paz (Brasil)
- Melhor Curta: Sobre a Cabeça os Aviões, de Amanda Costa e Fausto Borges (Brasil)
Júri Sul-Mato-Grossense
- Melhor Filme: Jardim de Pedra – Vida e Morte de Glauce Rocha, de Daphyne Schiffer Gonzaga
Prêmio do Público
- Melhor Longa Sul-Americano: A Melhor Mãe do Mundo, de Anna Muylaert (Brasil)
- Melhor Curta Sul-Americano: Revelación, de Emanuel Moreno Elgueta (Chile)
- Melhor Longa Ambiental: Sinfonia da Sobrevivência, de Michel Coeli (Brasil)
- Melhor Curta Ambiental: Sobre Ruínas, de Carol Benjamin (Brasil)
- Melhor Filme Sul-Mato-Grossense: Enigmas no Rolê, de Ulísver Silva
Menções Honrosas
- Uma Menina, Um Rio, de Renata Martins (curta ambiental)
- Sinfonia da Sobrevivência, de Michel Coeli (longa ambiental)
Homenagens e pegadas simbólicas

Uma das ações mais comentadas da edição foi As Pegadas da Memória do Cinema Sul-Americano, que uniu arte e meio ambiente ao gravar as mãos de artistas e as patas de animais do Pantanal em esculturas. A ideia foi simbolizar a união entre a cultura e a natureza.
Entre os homenageados estavam Thiago Lacerda (queixada), Claudia Ohana (quati), Luiz Carlos Lacerda (tatu-galinha), Ana Brun (tamanduá-mirim), Antônio Pitanga (onça-pintada), Maeve Jinkings (lobo-guará), e outros nomes do cinema do continente.
Um festival que se firma no calendário
Organizado pela Associação Amigos do Cinema e da Cultura (AACIC), o Bonito CineSur se consolida como um dos principais festivais sul-americanos, com patrocínio e apoio de entidades como Petrobras, Fecomércio-MS, UFMS, Ancine e Prefeitura de Bonito.
A terceira edição reuniu mais de 200 convidados do setor audiovisual e entregou ao público 120 horas de programação gratuita, reforçando o papel de Bonito como polo de cultura, cinema e preservação ambiental.