As mudanças recentes na programação do SBT parece ter desagradado até mesmo membros da família que controla a emissora. Silvia Abravanel concedeu entrevista à Flavio Ricco, onde rasgou o verbo a respeito da gestão de Daniela Beyruti, atual presidente do canal fundado por Silvio Santos.
Silvia, que também diretora da emissora, fez questão de expressar sua visão divergente sobre o atual rumo do canal. Segundo ela, o SBT não precisa apostar em inovações, mas sim manter a memória afetiva da audiência conquistada pelo pai.
“Ninguém vai ser o Silvio Santos. O Silvio Santos foi único. Então a gente tem que trazer o SBT antigo para agora, porque era o que dava certo. As pessoas querem isso. Televisão não é inovação principalmente o SBT, que é classe C e D. Temos que fazer televisão para o público que o Silvio sempre fez a vida inteira. Então ela tem que resgatar isso”, disse ela.
Ela ainda ressaltou que o SBT precisa valorizar os talentos da casa. Temos profissionais capacitados que conhecem o DNA do SBT. Ao invés de buscar novidades externas, deveríamos investir em quem já está aqui e conhece nosso público”, disse. Na sequência ainda sugeriu que Celso Portiolli apresente um dos quadros consagrados da emissora, o “Qual É A Música?”.
Silvia ainda criticou a tendência de cancelar atrações rapidamente, sem permitir que encontrem seu espaço. “Nem tudo dá certo de imediato. É preciso paciência e respeito pelo tempo do público”, comentou.
“A gente precisa equilibrar o novo com o tradicional, sem esquecer da nossa base”, concluiu.