O cantor Bruno Daltro lançou recentemente a faixa “Deixa”. A canção faz uma homenagem à Claudinho & Buchecha, e entrega uma sonoridade ímpar e contagiante, que remete ao início dos anos 2000.
O POP Mais conversou com o artista, que falou mais sobre a atual fase de sua carreira e o que espera do novo single.
1. Ser artista te permite conhecer inúmeras versões de si e poder mesclar cada uma delas. Como está sendo migrar do mundo da atuação, da influência digital para a música e como tem sido a sua descoberta como músico?
Tem sido uma jornada intensa e muito especial. A música sempre esteve presente na minha vida — cresci ouvindo de tudo, especialmente funk e melody com meus pais, e mais tarde, no teatro, mergulhei em blues, jazz, rock… Então esse lado musical já fazia parte de mim, mesmo que, por um tempo, não estivesse em evidência.
O ponto de virada foi quando fiz um teste pra uma série sobre o Secos & Molhados. O projeto acabou não indo adiante por questões de direitos autorais, mas ele teve um papel importante nesse processo, porque me despertou de vez pra música. Senti que o universo estava me mostrando um novo caminho — e resolvi seguir.
“CORPO” foi minha porta de entrada, com uma proposta mais romântica e sensível. Já “Deixa” vem com outra energia: é leve, dançante, com alma carioca e cara de verão. São músicas bem distintas, que mostram essa versatilidade que quero explorar. A atuação e a música são formas diferentes de me expressar, e equilibrar as duas tem sido um desafio delicioso.
2. Seu primeiro hit, Corpo, é uma música romântica, sobre conexões genuínas. O que podemos esperar de Deixa?
“Deixa” vem numa pegada bem diferente. Se “Corpo” é mais íntima e romântica, “Deixa” é solar, vibrante, cheia de energia. É uma homenagem direta a Claudinho & Buchecha, que marcaram minha infância com suas músicas, e tem toda uma vibe carioca — é quente, tem cheiro de verão, de praia, de Rio de Janeiro.
Gravando o clipe, em lugares como Lapa, Santa Teresa, Vidigal, eu já sentia a energia da música contagiando quem passava. As pessoas paravam, dançavam, se animavam com o som. Isso me deu a certeza de que “Deixa” tem esse poder de elevar o astral. É uma música feita pra cima, pra mexer com o corpo e o espírito.