Maria Sil (@mariasilcantora) é cantora com sete anos de carreira autoral, sendo considerada por Elza Soares uma promessa da nova música brasileira. Lançou em 2017 o EP ‘Húmus’, que totaliza cerca de 270 mil visualizações nas redes sociais da cantora. Em 2019 lançou o EP ‘A carne, a língua, o vírus’, apresentando o show ao vivo do trabalho no SESC Pompeia e SESC Santos.
Durante os últimos anos teve músicas licenciadas para trabalhos audiovisuais de importantes diretores, como Gustavo Vinagre e Day Rodrigues. Atualmente está promovendo seu primeiro álbum de estúdio, ‘GRITO, BEAT & POESIA’, produzido por DJ Cuco. O trabalho é uma junção urbana do Trap e Funk, flertando com harmonias que remetem à MPB e POP. O álbum contém composições em parceria com DJ Cuco, Socorro Lira e Poeta Seu Zé.
Sobre ‘GRITO, BEAT & POESIA’
‘GRITO, BEAT & POESIA’ reflete sobre as consequências recentes da ascensão de políticas fascistas, da negligência em relação à pandemia da Covid-19 e da impunidade que ainda prevalece em casos de crimes de execução. Ao mesmo tempo, é um tributo à resiliência desta população, mesmo em um cenário de tantas mazelas sociais.
“É o começo de um ciclo. Um trabalho autoral, independente, distribuído por um selo parceiro, que traz novas sonoridades e avança por um território que abriga com mais naturalidade minhas histórias. Afinal, cada uma de nós que permanece viva é uma vitória. E não podemos abrir mão de celebrar isso”, resume Maria Sil.
Por vezes como narradora de cenas que já vivenciou ou idealiza – e, em outras, como protagonista, a artista trans versa sobre ancestralidade, autoestima e amor livre, mas também impõe seu olhar crítico sobre a injustiça social, a violência contra as minorias, o preconceito e a discriminação em suas diversas formas.
Reflete, ainda, sobre a jornada de artistas independentes em meio às dificuldades impostas pela indústria e superando seus próprios medos e incertezas. Network, streams / Relações para poder lançar os hits / Prisões, correntes / Ganhar uns kits de uma marca / Que não sabe o que passa na tua mente”, provoca o refrão de “Na Tua Mente”, música de trabalho do álbum.
“Sou uma boa contadora de histórias através da música”, prossegue, atribuindo a alternância entre temas mais leves e densos a um movimento natural de sua carreira como artista e compositora. “Penso que a poesia está também aos olhos de quem vê. Para mim, uma música como ‘Estilosa’, divertida, que trata o amor como algo livre, sensível, é tão política e poética quanto ‘Bala Na Garganta’ ou ‘Tapetes de Luxo’, por exemplo, que abordam questões como a execução das populações periféricas no Brasil”, compara.