Segundo a corporação, o homem buscou atendimento para suturas em ferimentos na cabeça. Durante o procedimento, ele fez comentários inadequados à médica, insinuando que ela estava “fazendo carinho” nele e que tinha “as mãos leves”. Em seguida, começou a tocar o próprio órgão genital por dentro da calça e afirmou ser “o garanhão da família”, além de mencionar que já havia sido preso e fazia parte de uma organização criminosa.
O assédio se intensificou quando o paciente reclamou de dor e, ao ser atendido novamente, tentou beijar a médica quando ela retirava a proteção de seu rosto. Assustada, a profissional correu para a sala da enfermeira-chefe, que acionou a Guarda Municipal.
O homem foi levado à delegacia e teve a prisão convertida em preventiva após a audiência de custódia. A Polícia Civil informou que ele já possuía antecedentes criminais por crimes patrimoniais, mas não por violência sexual. No momento do crime, ele cumpria pena em regime aberto.
O inquérito foi concluído e encaminhado ao Ministério Público do Paraná, que decidirá se apresenta denúncia contra o suspeito.
O Conselho Regional de Medicina do Paraná (CRM-PR) lamentou o ocorrido e reforçou a necessidade de medidas para proteger profissionais da saúde contra episódios de violência.
“São diversos tipos de violência que ocorrem a todo instante. Estamos atuando firmemente, por meio de nosso departamento jurídico, fiscalização profissional e corregedoria, além de parcerias com o Sindicato dos Médicos do Paraná (Simepar), para coibir qualquer forma de violência e garantir o pleno exercício da profissão”, declarou a entidade em nota.
Defesa alega trauma craniano
O advogado do acusado, Mauro Martins, afirmou que seu cliente sofreu os ferimentos na cabeça durante uma briga e que não se lembra do ocorrido. Segundo ele, há documentos que comprovam um trauma craniano, e, por isso, a defesa pedirá a prisão domiciliar para que o homem tenha acesso a cuidados médicos. Além disso, solicitará exames para avaliar se o suspeito estava em plena consciência no momento do assédio.
fonte: g1.globo