O guitarrista Ximbinha acionou a cantora Joelma na Justiça do Pará no último dia 11 de agosto, pedindo a demarcação e divisão de uma fazenda de 1.489 hectares localizada no estado. A ação tramita na Vara Única da cidade de Viseu e tem valor estimado em R$ 50 mil.
De acordo com o processo, o músico alega que a propriedade em questão teria sido reconhecida judicialmente como de copropriedade entre ele e Joelma, na proporção de 50% para cada um. A defesa de Ximbinha sustenta que foi feita uma notificação extrajudicial à artista, propondo a divisão amigável da área, mas não houve retorno.
“Foi realizada notificação para proposta para a demarcação e divisão da área na proporção de 50% (cinquenta por cento), de forma amigável e extrajudicial, porém, sem retorno da requerida [Joelma]”, diz o texto apresentado à Justiça.
Na petição, o guitarrista solicita a citação de Joelma para manifestação no processo, além da nomeação de dois arbitradores e um agrimensor para a realização do levantamento da área a ser demarcada, conforme o mapa já anexado pela defesa.
O pedido de Ximbinha busca que a divisão seja feita de forma oficial, com a Justiça determinando os limites da propriedade rural. Joelma ainda não se manifestou publicamente sobre o caso.
Defesa de Joelma rebate
A defesa da cantora Joelma, de 51 anos, rebateu a nova ação judicial movida pelo guitarrista Ximbinha, seu ex-marido e ex-parceiro de banda, relacionada à partilha de uma fazenda do ex-casal. Em nota, o advogado da artista classificou a iniciativa como “midiática” e contestou a avaliação apresentada para o imóvel rural.
Segundo a defesa, o processo não traz nenhuma novidade à ação de partilha que já está em andamento. “A recente ação proposta por Ximbinha em nada acrescenta ao processo principal. Trata-se apenas de uma medida demarcatória, dentro de um pedido que já havia sido formulado pela própria Joelma, com o objetivo de concluir a divisão dos bens comuns”, informou o advogado Leonardo Felipe Lira Dias.
A equipe da cantora também criticou a postura do ex-marido, afirmando que ele estaria evitando o diálogo. “Na prática, não há nada de novo. O que existe é a insistência do Sr. Ximbinha em preferir a via midiática, com ações que não alteram em nada o curso do processo principal”, reforçou a nota.
O ponto mais polêmico é a avaliação da fazenda em disputa. A defesa de Joelma classificou como “escárnio” o valor atribuído ao imóvel. “Mais grave ainda é a tentativa de fixar apenas R$ 50 mil como valor de uma fazenda de mais de 1.400 hectares, o que constitui um verdadeiro desrespeito à Justiça e à seriedade do processo”, afirmou o advogado.
Por fim, a equipe jurídica destacou que todas as medidas cabíveis já estão em andamento e que ações isoladas não terão efeito no resultado final. “Joelma confia plenamente no Poder Judiciário e seguirá firme até a conclusão definitiva da partilha”, concluiu a nota.
A reportagem procurou a assessoria de Ximbinha, mas não obteve retorno até a publicação desta matéria. O espaço segue aberto para manifestação.