Bia Miranda quebrou o silêncio nesta quinta-feira (7), poucas horas depois de seu nome aparecer entre os alvos da Operação Desfortuna, deflagrada pela Polícia Civil do Rio de Janeiro. A influenciadora, que está em Salvador, usou as redes sociais para comentar o episódio e criticar a forma como os policiais conduziram a ação em sua residência, no Rio.
O comentário foi feito por meio de um vídeo publicado em seus stories, mas rapidamente apagado. Ainda assim, o conteúdo repercutiu nas redes. “A polícia foi lá em casa, procurou, procurou, mas não achou nada”, disse Bia, visivelmente incomodada com a abordagem.
Segundo ela, o quarto ficou completamente revirado: “Ainda acham bonito ficar filmando”, reclamou, se referindo aos registros feitos durante o cumprimento do mandado.
Além de Bia Miranda, são alvos também Jenny Miranda, mãe de Bia, e os influenciadores Gato Preto e MauMau ZK (ambos foram namorados da ex-peoa), Lorrany, Luiza, Micaell Santos, Nayala Duarte, Paola Attaide, Paulina Attaide, Rafael Buarque, Tailane Garcia, Tailon e Vanessa. Juntos, eles somam quase 35 milhões de seguidores.
De acordo com a Polícia Civil, foram cumpridos mandados de busca e apreensão em diversos endereços ligados ao grupo.
Mesmo longe do local no momento da ação, Bia foi uma das personalidades citadas nas investigações. Nas redes, o nome dela ficou entre os mais comentados.
Investigação
Segundo a investigação, os influenciadores não apenas divulgavam o jogo, como também fariam parte de uma engrenagem muito mais complexa. De acordo com a DCOC-LD, eles atuavam em uma estrutura organizada, com operadores financeiros, empresas de fachada e supostos esquemas para lavar dinheiro obtido de forma ilegal.
De acordo com a polícia, “eles usavam o alcance que tinham nas redes sociais para atrair seguidores, prometendo lucros rápidos e dinheiro fácil. Mas por trás disso havia algo bem mais elaborado”.
As movimentações financeiras identificadas até agora chamaram atenção: mais de R$ 4 bilhões teriam passado pelas contas monitoradas. O estilo de vida dos investigados também está sendo analisado. Ostentação nas redes, com viagens internacionais, carros importados e imóveis milionários, contrastam com as rendas oficialmente declaradas.
A operação também tenta identificar possíveis conexões entre os influenciadores e pessoas já investigadas por envolvimento com o crime organizado. Essa nova frente da investigação ainda está em andamento e a polícia não confirma se novas prisões foram realizadas.