Em janeiro, Nikolas Ferreira (PL-MG) viralizou com um vídeo acusando o governo de criar um “imposto do Pix”. Oito meses depois, a narrativa volta ao debate com a Operação Carbono Oculto, que revelou a infiltração do PCC em fintechs e fundos da Faria Lima.
O que estava em jogo:
- A Instrução Normativa nº 2.219/2024 exigia que bancos e fintechs enviassem informações mensais de operações acima de R$ 5 mil (PF) e R$ 15 mil (PJ).
- Não havia imposto, apenas compliance para coibir lavagem de dinheiro.
- A norma foi revogada após desinformação sobre “tributação do Pix”.
O que aconteceu depois:
- A Operação Carbono Oculto mostrou que o PCC usou fundos e fintechs para movimentar R$ 46 bilhões fora do sistema bancário.
- Mais de 40 fundos com patrimônio de R$ 30 bilhões estariam sob influência da facção.
- O governo admitiu que a revogação da norma enfraqueceu o controle sobre fintechs.
Pressão política:
- O ministro da Justiça alertou que a falta de regras claras compromete instituições sérias e abre brechas para o crime.
- Projetos de lei sobre “devedor contumaz”, que miram fraudes no setor de combustíveis, seguem parados no Congresso.
👉 O que foi vendido como “imposto do Pix” era, na prática, um mecanismo de fiscalização. Agora, com as operações Carbono Oculto e Tank, as brechas regulatórias ficaram escancaradas.