Ministério Público Se Pronuncia Sobre Prisão de Hytalo Santos

TheDirector
By -
0



O influenciador paraibano Hytalo Santos e o marido dele, Israel Nata Vicente, foram presos preventivamente nesta sexta-feira (15) em uma casa em Carapicuíba, na Grande São Paulo. A ação faz parte de uma investigação sobre exploração e exposição de menores em conteúdos produzidos para as redes sociais.

De acordo com nota divulgada pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB), em parceria com o Ministério Público do Trabalho, a Polícia Civil da Paraíba e de São Paulo, a Polícia Rodoviária Federal e o CIBERLAB da Secretaria Nacional de Segurança Pública, as prisões foram cumpridas por determinação da 2ª Vara da Comarca de Bayeux, sob comando do juiz Antônio Rudimacy Firmino de Sousa.

Segundo o MPPB, as investigações apontam crimes de tráfico humano e exploração sexual infantil, conduzidas “com rigor técnico e absoluto respeito aos direitos e à dignidade das vítimas, especialmente crianças e adolescentes”. O órgão ainda alerta para os riscos de vazamento de informações sigilosas, que podem prejudicar a investigação e expor vítimas a novos perigos.

A nota enfatiza que o caso precisa ser tratado de forma responsável, sem sensacionalismo, preservando a intimidade das vítimas. O Ministério Público reforça a importância do combate ao tráfico humano dentro do estado, destacando que crianças e adolescentes vulneráveis podem ser aliciadas e exploradas de diferentes formas, incluindo trabalho análogo à escravidão e exploração sexual.

“O enfrentamento dessa prática criminosa exige atuação coordenada, técnica e fundamentada, de modo a garantir a responsabilização dos autores e a salvaguarda dos direitos humanos”, diz o comunicado.

A prisão de Hytalo Santos ganhou repercussão nas redes sociais após denúncias feitas pelo youtuber Felca, que comentou sobre a chamada “adultização” de menores em conteúdos digitais. Desde então, Hytalo vinha sendo alvo de medidas da Justiça na Paraíba, incluindo mandados de busca e apreensão.

Confira a nota na íntegra

Nota à Imprensa

“O Ministério Público do Estado da Paraíba, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), em atuação conjunta com o Ministério Público do Trabalho, a Polícia Civil do Estado da Paraíba, por meio da UNINTEPOL e da DECC, o CIBERLAB – Laboratório de Operações Cibernéticas da Diretoria de Operações Integradas e de Inteligência (DIOPI) da Secretaria Nacional de Segurança Pública (SENASP/MJSP), a Polícia Civil do Estado de São Paulo (PCSP), por meio da DEIC, e a Polícia Rodoviária Federal, informam que foram efetuadas as prisões do influenciador Hytalo Santos e de Israel Nata Vicente, em cumprimento a mandados expedidos pela 2ª Vara da Comarca de Bayeux, Estado da Paraíba, pelo Exmo. Sr. Dr. Antônio Rudimacy Firmino de Sousa.

As investigações têm por objeto os crimes de tráfico humano e exploração sexual infantil. As apurações criminais vêm sendo conduzidas com rigor técnico e absoluto respeito aos direitos e à dignidade das vítimas, especialmente crianças e adolescentes. Entretanto, o vazamento de informações sigilosas e a execução de medidas de natureza civil, dissociadas dos métodos próprios da investigação criminal, têm prejudicado a eficiência e a segurança do trabalho investigativo, além de potencialmente expor as vítimas a novos riscos.

O caso exige tratamento responsável, sem sensacionalismo e com máxima proteção à intimidade das vítimas, sobretudo no enfrentamento à exploração sexual, em especial no ambiente digital.

É importante destacar a necessidade do efetivo combate ao tráfico humano em âmbito estadual, pois se trata de uma grave violação de direitos que, embora muitas vezes menos visível que o transnacional, provoca impactos profundos nas comunidades locais. Nesse contexto, vítimas — frequentemente oriundas de situações de vulnerabilidade socioeconômica — são aliciadas, transportadas e exploradas dentro das fronteiras do próprio estado, seja para fins de exploração sexual, trabalho análogo à escravidão ou outras formas de servidão.

O enfrentamento dessa prática criminosa exige atuação coordenada, técnica e fundamentada, de modo a garantir a responsabilização dos autores e a salvaguarda dos direitos humanos.

O Ministério Público e as instituições parceiras reiteram seu compromisso inegociável com a defesa de crianças e adolescentes, mantendo-se firmes e integrados no combate a este crime grave, e conclamam a sociedade a apoiar essa missão por meio da denúncia responsável e da preservação da dignidade das vítimas”.

Assista o momento da prisão

Enviar um comentário

0Comentários

Enviar um comentário (0)

#buttons=(Ok, Go it!) #days=(20)

Our website uses cookies to enhance your experience. Check Now
Ok, Go it!