O escritor Milton Hatoum, 72 anos, foi eleito nesta quinta-feira (14) para a cadeira n.º 6 da Academia Brasileira de Letras (ABL), sucedendo o jornalista Cícero Sandroni, falecido em 17 de junho deste ano.
Hatoum recebeu 33 dos 34 votos possíveis em uma disputa que contou com outros cinco candidatos. Natural de Manaus (AM) e considerado pelo presidente da ABL, Merval Pereira, “o maior escritor brasileiro vivo e um romancista de primeira ordem”, o novo imortal é romancista, contista, ensaísta, tradutor e professor universitário.
Formado em arquitetura pela Universidade de São Paulo (USP), estreou na literatura com “Relato de um Certo Oriente” (1989), vencedor do Prêmio Jabuti e adaptado para o cinema. Entre suas obras mais conhecidas estão “Dois Irmãos” (2000), “Cinzas do Norte” (2005) — eleito Livro do Ano — e “Órfãos do Eldorado” (2008), além de títulos como “A Noite da Espera”, “Pontos de Fuga”, “A Cidade Ilhada” e “Um Solitário à Espreita”.
Seus livros já venderam mais de 500 mil exemplares e foram publicados em 17 países. Ao longo da carreira, Hatoum recebeu distinções como a Ordem do Mérito Cultural (2008), o título de Officier de l’Ordre des Arts et des Lettres (2017) e o Prêmio Juca Pato/Intelectual do Ano (2018).
O escritor prepara o lançamento do último volume da trilogia “O Lugar Mais Sombrio”, intitulado “Dança de Enganos”, previsto para outubro pela Companhia das Letras.