O influenciador digital Hytalo Santos, que acumulava mais de 20 milhões de seguidores no Instagram e no TikTok, perdeu o acesso às suas principais redes sociais após decisão da Justiça da Paraíba. A medida foi tomada depois que o Ministério Público apresentou uma ação civil pública pedindo não apenas o bloqueio das contas, mas também a proibição de contato com menores de idade citados no processo. A ação foi motivada por denúncias de exploração e sexualização de menores, expostas inicialmente pelo youtuber Felca, e teve repercussão imediata nas plataformas.
Desde a última sexta-feira, 8, os perfis de Hytalo no Instagram e no TikTok foram desativados, interrompendo sua comunicação direta com milhões de seguidores e, consequentemente, sua capacidade de influenciar e engajar o público. O MP também solicitou que todo o conteúdo dele disponível em diferentes plataformas fosse desmonetizado, atingindo não só sua presença digital, mas também sua principal fonte de renda. A Justiça acatou parte dos pedidos e determinou que o influenciador não possa reativar ou criar novas contas enquanto o processo estiver em andamento.
As restrições impostas vão além da perda de perfis: Hytalo também está proibido de ter contato, presencial ou virtual, com qualquer menor de idade citado na ação. Essa decisão visa evitar que ele utilize outras formas de comunicação para manter interações com o público ou com possíveis vítimas. Especialistas afirmam que o bloqueio de acesso às redes é uma das medidas mais eficazes para interromper imediatamente a disseminação de conteúdos potencialmente nocivos, ao mesmo tempo em que impede o influenciador de capitalizar sua imagem em meio às investigações.
O caso reacende discussões sobre o papel das redes sociais e das plataformas digitais na prevenção de abusos, especialmente quando envolvem figuras públicas com grande alcance. Também evidencia a força das decisões judiciais no ambiente virtual, mostrando que medidas legais podem rapidamente cortar a presença online de um criador de conteúdo. A situação de Hytalo Santos pode servir de precedente para futuros casos, estabelecendo um marco sobre como a Justiça lida com influenciadores acusados de condutas que coloquem menores em risco.