O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro saiu em defesa da tarifa de 50% sobre produtos brasileiros exportados aos Estados Unidos. O tarifaço foi anunciado nesta quarta-feira (9), por Donald Trump.
Segundo Eduardo, a taxação é uma resposta aos “abusos cometidos” pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Ele disse ainda que a medida reflete o afastamento do Brasil dos valores democráticos ocidentais sob o governo Lula.
Em nota conjunta com o jornalista Paulo Figueiredo, ambos se autodeclarando “em exílio”, Eduardo disse que a decisão norte-americana confirma alertas feitos por aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro às autoridades dos EUA nos últimos meses.
Segundo o deputado, a carta enviada por Trump a Lula para comunicar a tarifa é “clara, direta e inequívoca” ao demonstrar, segundo ele, o Brasil estaria abandonando compromissos com direitos humanos, liberdade de expressão e eleições livres.
“Lula aprofundou-se em uma sequência de desastres diplomáticos antiamericanos — com declarações raivosas suas, de ministros e até da primeira-dama, além de aproximações deliberadas com regimes autoritários como China e Irã. Ignorando os alertas da administração Trump, insistiu na expansão dos BRICS e chegou a criticar os EUA por neutralizarem o programa nuclear iraniano, uma ameaça global”, afirma o documento.
O texto também acusa o STF, especialmente o ministro Alexandre de Moraes, de perseguir opositores, jornalistas e o próprio Bolsonaro, julgado por tentativa de golpe de Estado em 2022.
Também critica a recente decisão da Corte que determinou que plataformas digitais podem ser responsabilizadas por conteúdos publicados por usuários, medida vista por Eduardo como “um ataque direto à liberdade de expressão com consequências globais”.
Para o deputado licenciado, a tarifa anunciada por Trump reflete o entendimento de que Moraes age com o respaldo do “establishment político, empresarial e institucional” brasileiro, que também deveria arcar com as consequências.
“Por isso, a partir de 1º de agosto, empresas brasileiras que desejarem acessar o maior mercado consumidor do planeta estarão sujeitas ao que se pode chamar de ‘Tarifa-Moraes’”, afirmou.
Por fim, Eduardo Bolsonaro e Paulo Figueiredo pedem que o Congresso aprove uma anistia ampla aos envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.
Internautas reagem à postura de Eduardo Bolsonaro
Nas redes sociais, usuários criticaram a postura de Eduardo Bolsonaro. Vários perfis, tanto de direita como esquerda, apontaram que a fala não condiz com o patriotismo tanto defendido pela família Bolsonaro durante a passagem pela presidência e campanhas eleitorais.