O podcast Que Não Saia Daqui recebe, em seu episódio mais recente, uma convidada multifacetada: a atriz, mãe, esportista e triatleta Amandha Lee. Conduzido por Manola, o papo transita com fluidez entre lembranças da infância, bastidores da televisão e a conexão entre o corpo, a mente e a arte.
Amandha relembra o início da carreira, aos nove anos de idade, nos cursos de teatro do Glauce Rocha, em Copacabana, bairro onde nasceu e foi criada. “Eu sempre fui muito espivitada, e acho que aquele bichinho da arte e do esporte já me picou desde pequena”, comenta.
Durante a conversa, a atriz reflete sobre o impacto que a digitalização das novelas tem causado no reencontro do público com trabalhos antigos. “A arte, de alguma forma, é eterna. Com o streaming, essa nova geração descobre personagens que a gente fez há anos e isso é muito especial. É uma forma de manter vivo o que a gente construiu”, diz Amandha, ao comentar a repercussão de sua participação em “A Casa das Sete Mulheres” nas redes sociais.
Um dos momentos mais emocionantes do episódio é quando ela conta sobre o ponto de virada em sua carreira: sua atuação como Maria, no episódio Mãe Terra, da série Carga Pesada. “Naquele dia, eu ouvi em cena pela primeira vez. A escuta verdadeira mudou tudo. Eu estava sendo comida por formigas no pé, mas eu não queria parar. Entrei num lugar de presença tão forte que nunca mais esqueci.”
A trajetória como atriz também a levou a um desafio físico e emocional marcante: a personagem Margarida, na novela Vidas em Jogo, da Record. Para interpretá-la, Amandha engordou 17 quilos com acompanhamento médico e emagreceu gradualmente ao longo das gravações. “Eu achei que ia ser fácil, porque sempre amei comer. Mas engordar com qualidade e depois emagrecer com saúde exigiu um nível de disciplina enorme. Foi um processo de superação total”, lembra.
Além da carreira artística, o episódio mergulha na paixão da atriz pelo esporte. Triatleta há nove anos, ela revela como a corrida, o ciclismo e a natação entraram em sua rotina de forma natural — e transformadora. “O esporte foi meu refúgio. Quando eu estava com algum problema, era correndo que as ideias entravam no lugar. Hoje eu vejo o quanto o esporte me ajudou a desenvolver disciplina, foco e equilíbrio emocional”, compartilha.
Ao falar sobre a rotina com a família, ela revela que seus filhos também foram levados de bicicleta para a escola — hábito que dividia com o marido, também atleta. “Casei com um atleta. Os valores se alinham. A gente acredita que o exemplo arrasta.”
Com leveza, profundidade e bom humor, Amandha Lee revela muito mais que bastidores. Ela compartilha sua essência, sua força e as escolhas que a fizeram seguir em frente mesmo diante dos maiores desafios.