
O arquiteto Felipe Prior sofreu mais uma derrota na Justiça em um dos quatro processos em que é acusado de estµpro. Condenado inicialmente em 2023 a seis anos de prisão, ele recorreu, mas teve a pena aumentada para oito anos em regime semiaberto em segunda instância. Recentemente, seu novo recurso foi negado, marcando a terceira derrota no mesmo caso. As informações são de Gabriel Perline.
Agora, Prior depende de um último recurso junto ao STF ou STJ, onde precisará convencer um ministro de que houve irregularidades nas decisões anteriores. Enquanto o processo não transita em julgado, ele segue em liberdade. Em São Paulo, o regime semiaberto para crimes graves, como estµpro, equivale ao fechado, o que pode levá-lo à prisão sem benefícios, possivelmente em Tremembé. As quatro denúncias, feitas por mulheres sem relação entre si, reforçam a gravidade das acusações.
Felipe Prior ficou nacionalmente conhecido após a sua participação no reality Big Brother Brasil, na edição de 2020. Foi nessa mesma época em que o caso de estµpro veio a tona.
Entenda
O crime aconteceu em 2014. Na época, Felipe Prior e a vítima residiam na Zona Norte de São Paulo, e estudavam no mesmo campus da Universidade Presbiteriana Mackenzie.
Conforme a decisão da 1ª Instância, ele passou a dar caronas a ela e outra amiga em comum. O crime ocorreu em uma dessas ocasiões, após uma festa universitária em agosto daquele ano.
Após levar a amiga da vítima em casa, Prior seguiu em direção à residência da vítima. Em uma rua próxima ao local, ele teria começado a beijá-la e a passa a mão no corpo dela, puxando a vítima para o banco de traseiro.
O ex-BBB teria estµprado a vítima, que não conseguiu oferecer resistência, pois estava alcoolizada.
Na época, a 7ª Vara Criminal da capital considerou o caso complexo. Ao todo 19 pessoas foram ouvidas. Na decisão, a magistrada afirmou que os depoimentos das vítimas e das testemunhas corroboram com as provas apresentadas, formando um conjunto robusto para a condenação de Prior.
Em 2020, ele virou réu pelo crime de estµpro. A Justiça de São Paulo recebeu a denúncia feita pelo Ministério Público. Três mulheres denunciaram o arquiteto. Os crimes são:
- um estµpro, em 2014, pelo qual Prior;
- um estµpro em 2016;
- e uma tentativa de estµpro em 2018.
Prior nega todas as acusações. À época, em nota assinada pelos advogados Carolina Tieppo Pugliese Ribeiro, Rafael Tieppo Pugliese Ribeiro e Celly de Mesquita Prior, advogados de defesa do ex-BBB, foi dito que ele “não tomou conhecimento do teor das acusações de crimes que jamais cometeu, e que jamais cometeria”.